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"Não é Minha Obrigação"

Foto do escritor: Breno GomesBreno Gomes


Exploração ou oportunidade? Gostaria de trazer esta reflexão para todos aqueles que são subordinados a alguém no trabalho. Frequentemente, escutamos esta frase (“Não é minha obrigação!”) no ambiente corporativo. Geralmente, o emissor da frase se considera cheio de personalidade e não aceita ser explorado pelo superior ou pelo “sistema” (tenho um texto que fala sobre o “O Bendito Sistema“). Esta impressão pode ser verdadeira em algumas situações, mas sugiro a você um novo ângulo de visão desta situação. A “nova” obrigação não poderia ser encarada como uma oportunidade? 


“Não é minha obrigação” demonstra como uma pessoa se sairá profissionalmente no mercado de trabalho. Não defendo submissão ou passividade. Não sou a favor do silêncio ante a uma situação errada, de falta de respeito, de hierarquia burra… Sou contra a falta de proatividade responsável.


A proatividade responsável é uma das habilidades não técnicas mais valorizadas no mercado de trabalho. Chefes adoram funcionários proativos. Proatividade não é sinônimo de puxa-saco, submisso, bobo ou baba-ovo! Quem enxerga assim, não vai a lugar nenhum na carreira. Proatividade é fazer as coisas acontecerem, resolver problemas. O que o chefe enxerga como proativo, o colega enxerga como puxa-saco… O proativo “azeita” os processos para os superiores. Não precisa chegar mais cedo, mas se chegar e adiantar uma burocracia, por exemplo, ajuda muito. Não precisa ir trabalhar no final de semana, mas se houver necessidade, por que não? Não precisa treinar a equipe, mas se for para melhorar o dia-a-dia, por que não? Os benefícios da proatividade são infinitamente superiores à passividade burra. Lembrando que o “responsável” aí jamais pode ser esquecido. Jamais assuma responsabilidades daquilo que você não tem competência técnica para realizar. Isso é imperícia e pode levar a falhas catastróficas! A consciência das nossas limitações é uma virtude também.


Vou mostrar duas visões desta situação… Primeiro, ao fazer bem-feito uma nova atribuição, porque não tentar incorporá-la às suas competências e ser reconhecido e valorizado por isso? Você pode ser remunerado a mais, mas sei das dificuldades desta prática no mundo real. Segundo, e talvez o mais importante, você coloca um holofote em você, as pessoas passam a te enxergar dentro da instituição. Obviamente, quando surgir uma oportunidade de crescimento, a chance de você ser lembrado aumenta bastante. 

O início de qualquer carreira passa por períodos de submissão mais intensa mesmo. Não é baixar a cabeça, obedecer cegamente, se subvalorizar ou não emitir sua opinião e sim, ter a possibilidade de estar próximo daqueles que já chegaram aonde você almeja chegar. A submissão consciente e feliz é parte indispensável do processo de crescimento profissional. Não precisamos e nem devemos ser o “quebra-galho” eterno, mas uma boa quantidade de proatividade responsável é indispensável para sua evolução profissional. 

Analise esta situação… Dois funcionários tecnicamente iguais, um que ajuda no dia-a-dia e entrega sempre mais ou o que só faz o que lhe é “obrigado”… Qual o chefe vai promover? Se você pensou no “puxa-saco”, releia o texto novamente! Você ainda não entendeu nada!


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